domingo, novembro 26, 2006

o herói lá da casa



Não me lembro da primeira vez que ouvi falar do Cazaquistão. Provavelmente no 7 ano, na inólvidável disciplina de geografia.
Mas desde o meu 7 ano até a alguns tempos atrás o Cazquistão significava para mim e para a maior parte dos comuns mortais quase mais nada do que um daqueles países acabados em " ão".

Agora, graças a essa personagem milgrosa que se intitula BORAT (que teve a honra de apresentar os MTV Awards na capital do desenvolvimento que é Lisboa), o Cazaquistão vai ganhando protagonismo. Até já aparece no título num dos filmes que mais expectativas tem gerado na temporada - que o próprio BORAT protagoniza :

Cultural Learnings of America for Make Benefit Glorious Nation of Kazakhstan
( não dá vontade de traduzir para português)

Por isso, o Borat devia ser o herói lá da casa - não é qualquer um que consegue fazer esta publicidade ao seu país... e não é um país qualquer. É o Cazaquistão.

quinta-feira, novembro 23, 2006

Ele preferiu guardar tudo para si, porque ela não tinha que saber aquilo.

Ele quis dizer -lhe : " Adoro-te por teres sido aquilo que eu queria para mim. Decidi optar por ter outras mulheres, que não são tão perfeitas como tu. Prefiro guardar-te cá dentro sem mágoa. Posso aborrecer-me com as outras, mas contigo não quero que isso aconteça nunca. Adoro-te na distância que criámos.

Prefiro não estar com a mulher da minha vida e estar com outras, do que nunca ter conhecido sequer a mulher da minha vida. Quero que sejas intocável."

Ele não disse, ela não imagina.

quarta-feira, novembro 22, 2006

Ela preferiu não dizer-lhe nada. Preferiu manter o silêncio e guardar tudo aquilo para si.

Ela quis-lhe dizer " Adoro-te na impossibilidade de não te ter. Adoro-te na ansiedade de, por vezes, haver dias que acordo a pensar em ti. Adoro-te na surpresa de um dia voltar-te a ver.
No fundo, adoro-te na improbilidade de um dia poderes vir a ser meu. És aquilo que eu não consigo apagar. És aquela paixão que eu quis sentir e que me fez manter viva.

Não estragues esta minha contradição e não voltes a aparecer na minha vida.

Ela não disse, ele não imagina.

segunda-feira, novembro 20, 2006

País de coisas rebuscadas


Descobri que Portugal é país de cabalas e de conspirações. Todos os dias alguém surge na televisao e na comunicação social a dizer " eu juro que não fiz nada", " tenho a consciência tranquila", " e estou ao completo dispôr das autoridades para ajudar a resolver este caso".
No fundo, todos nós temos uma imaginação muito fértil e tentamos todos os dias tramar alguém, nem que seja de forma muito rebuscada e inimaginável. E como somos muito inteligentes, a verdade é que conseguimos que os factos que inventamos para tramar os outros pareçam mesmo realidade.
No fundo, não temos mais nada que fazer, por isso dedicamos-nos a estragar a vida a alguém.


Além de sermos o país das cabalas e das conspirações, somos um país que gostamos acima de tudo- da verdade. E é a verdade que queremos acima de tudo, mesmo que seja 5 séculos depois.
Também é verdade que somos um país cheio de dinheiro, e que este ano até aumentaram a quota para o Ministério da Cultura. Por isso, eu, historiadora Maria Mota, decidi pensar que devia abrir o túmulo do rei D. Sebastião, porque há aí umas quantas coisas que eu gostava de saber, nomeadamente se o corpo que lá está dentro é mesmo o do Rei que foi, e que ainda não voltou, mas que irá voltar um dia.
Descobrindo que não era o corpo do Rei D. Sebastião, daqui a uns anos teríamos mais um êxito literário : O Código Sebastião.

Depois do Afonso Henriques ( que ainda deve estar a dar voltas no túmulo) - que felizmente não chegou a ser verdadeitamente incomodado, é a vez do rei D. Sebastião. Daqui a uns tempos será o túmulo do Fernando Pessoa. Só para confirmar que é só um corpo que está dentro do túmulo. Às tantas podem ser vários, incluindo o corpo do Ricardo Reis e do Álvaro Campos.

Poupem os vossos esforços e dinheiro para outras prioridades mais importantes - de uma vez por todas.




quarta-feira, novembro 15, 2006

Bond, James Bond


Um dia, alguém criou a máxima " Falem bem de mim, falem mal de mim, não interessa. Só quero que falem. "

O mundo das celebridades e no caso em específico o mundo do cinema e dos filmes de Hollywood segue esta regra.
O exemplo mais recente é o de James Bond. E do novo James Bond - que dá pelo nome de Daniel Craig. Os fãs acérrimos levaram o caso a "peito", e fizeram um espalhafato inacreditável, a rogar pragas, a criticar a escolha, e chegaram ao cúmulo de fazer um site onde só falam mal do actor e propoem que ninguém vá ver um filme. "Vamos todos boicotar o filme". ( isto sem sequer ter visto 30 segundos do desempenho do actor)

http://www.danielcraigisnotbond.com/

Tantos mexericos deu naquilo que se esperava : Casino Royale é dos filmes mais esperados da temporada. E o que acontece é que o público vai querer como o actor se desenrasca, ainda por cima debaixo de fogo. Uma tarefa digna de um James Bond.
O público vai querer ver, nem que seja para falar mal. Ou seja, todo o espalhafato dos histéricos anti- Craig só serviu para fazer uma óptima publicidade ( gratuita) ao filme e ao actor.

E diz-se por aí, quem já viu ( ironias das ironias) que o novo James Bond está em grande. E que já é considerado o melhor desde o Sean Connery. Uma chapada de luva branca nunca fez mal a ninguém.

Eu, que não sou a maior adepta de James Bond também tenho curiosidade para visionar o filme. Nem que isso signifique posteriormente que odeie o desempenho.

Já fiz a minha primeira análise : Craig é loiro e não tem aquele rosto limpinho e bonitinho do Sean Connery ou do Pierce Brosnan, mas tem ar de mauzão, e ar de quem faz as coisas bem ( o que é crucial, quando claro, falamos de um agente secreto.). E é inglês. Essa gente com aquele feitio delicioso....

sábado, novembro 11, 2006

questões de comunicação

Trabalhar num departamento de Comunicação não é fácil. ( à tempos atrás recebi um email que me indicava como o trabalho do pessoal de comunicação e o trabalho de quem pratica a mais antiga profissão do mundo tem muitas semelhanças. Mas isso talvez deixe para uma outra altura.)

Na última tarde de sexta feira, enquanto se tentava esconder uma gralha em folhetos que iriam ser distribuíidos ao público, surgiu a seguinte questão :

- " Tomamos banho. Logo, estamos limpos. Secamos-nos com a nossa toalha. Se estamos sempre limpos quando usamos a toalha, qual é a necessidade de pormos a toalha na máquina de lavar?"


Houve mais questões. Mas uma delas era a eterna questão que as mulheres se interrogam. E por isso não digo qual foi. Está bem, eu vou dizer. " Se os homens são todos iguais, porque é que perdemos tempo a procurar o " certo"?

Eu limitei-me a ouvir .

quarta-feira, novembro 08, 2006

domingo, novembro 05, 2006

Quem é que paga a taxa?


Diálogo entre Sophie Loren e Marcelo Mastroiani no filme " Una giornata particolare", de Ettore Scola :

Marcelo Mastroiani - Sou solteiro.

Sophie Lauren - Solteiro ? Isso quer dizer que pagas a taxa de celibato?

Marcelo Mastroiani - Como se a solidão fosse uma riqueza.